Em
7 de setembro de 1822, às margens do riacho Ipiranga, dom Pedro proferiu o
chamado Grito do Ipiranga, formalizando a Independência do Brasil. Nem o maior
pessimista daquela época, imaginaria que hoje, 193 anos depois, estaríamos em
meio a um turbilhão de escândalos públicos, o que tem sido uma situação
constante desde a época em que éramos uma simples colônia. Como diz o adágio
popular vivemos na “casa da mãe Joana”. No entanto, a questão da
corrupção no Brasil é muito mais profunda. Acredito que apenas uma pequena parte dos casos seja descoberta e venha a público. Imagino que grande parcela fique escondida nas entranhas públicas. Temos a corrupção política, a corrupção de servidores e de cidadãos desonestos. A corrupção sempre tem dois lados, um corrompendo e outro sendo corrompido.
corrupção no Brasil é muito mais profunda. Acredito que apenas uma pequena parte dos casos seja descoberta e venha a público. Imagino que grande parcela fique escondida nas entranhas públicas. Temos a corrupção política, a corrupção de servidores e de cidadãos desonestos. A corrupção sempre tem dois lados, um corrompendo e outro sendo corrompido.
É
nítido que a máquina pública está comprometida. Desde criança escutamos falar
sobre a tal da corrupção, agora vemos, todo dia, ao vivo e a cores na TV.
Na
esfera política houve e há muito apadrinhamento para se obter a dita
governabilidade. Não importa os interesses da sociedade, desde que os
interesses pessoais e partidários sejam atendidos, com isso vem a briga pela distribuição
de cargos públicos, comissionamentos e outras benesses. Isto ocorre em todos os
níveis de governo (municipal, estadual e federal), afinal é preciso acomodar
todos os camaradas.
O
exemplo mais recente da corrupção política em nosso país é o escândalo do
mensalão, que teve início em 2005 (dez anos atrás!) e somente agora está tendo
um desfecho.
No
âmbito administrativo temos um carnaval de queixas, denúncia e escândalos.
Somente para citar alguns exemplos: a indústria de multas de trânsito em diversas
cidades, desvio de verbas através de falsas ONGs, fiscais corruptos, licitações
fraudulentas, entre tantas outras situações que podem preencher um livro.
Se
pararmos para pensar, no final das contas, mesmo que inconscientemente, somos
nós que financiamos toda essa corrupção. Os corruptos visam o dinheiro público,
que em última análise é o seu dinheiro e o meu dinheiro, que disponibilizamos
para a manutenção da sociedade.
Na
medida em que os recursos destinados a financiar hospitais, escolas, saneamento
básico e outras necessidades primárias são desviados, debaixo de nossos
narizes, e não tomamos qualquer atitude, também temos nossa parcela de culpa,
por uma simples questão de omissão.
Todo
mês a arrecadação tributária bate recordes, o governo encosta os contribuintes
na parede e suga a maior parcela dos seus recursos e tudo isso para quê? Para
vermos que o nosso dinheiro está sendo desviado, utilizado para manter um
gigantesco cabide de empregos, manter o inchaço da máquina pública ou aplicado
em obras fúteis, enfim, uma grande parcela escoando pelo ralo.
A
cada dois reais desviados ou desperdiçados é um litro de leite que está sendo
tirado das crianças esfomeadas deste país!
Ao
longo dos anos fomos vencidos pelo cansaço, nos tornamos um povo apático a tudo
isto. Somos pacíficos, mas não precisamos ser omissos. Em outros países por
questões muito menores o povo sai às ruas protestando e cobrando os seus
direitos. Temos que limpar a administração dos maus políticos e servidores
públicos que mancham nossa imagem, afinal carregamos a pecha de sermos uma
sociedade corrupta.
Falta-nos
esse poder de mobilização e indignação, afinal quem manda neste país é o povo
brasileiro, sua vontade é soberana e cabe aos ocupantes dos cargos públicos nos
representar e, sobretudo, nos respeitar.
A
situação pode, sim, ser mudada. Desde que você e eu nos manifestemos
abertamente, pois nossa manifestação, quando multiplicada, gerará a necessária
mudança da opinião pública sobre o assunto. Sinta-se à vontade para utilizar ou
compartilhar este artigo com seus amigos e colegas, e peça-os para manifestarem
também em blogs, twitters e outros meios, enviando cópia para deputados,
senadores e outras autoridades.
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